Shein e a democratização da moda?

Le Chieppe
1 min readMay 16, 2022

Desde que eu publiquei o texto sobre a banalização da moda pela Shein (e marcas similares) apareceram algumas informações que me fizeram refletir sobre. A primeira é em relação a tamanhos: quantas marcas oferecem produtos que vão além do padrão XP/XG? Como as pessoas que não tem um manequim dentro dessa lista simplificada podem ter acesso a roupas — e mais do que só roupas, a moda? Como demonizar uma marca que oferece um remédio para uma questão que não tem recebido a devida atenção?

Bom, a segunda questão é em relação a preços. Marcas de fast fashion com lojas físicas no Brasil não conseguem mais oferecer preços competitivos. Não conseguem mais oferecer preços sequer aceitáveis. A matéria prima de fato encareceu e isso tem sido repassado para os consumidores, mas isso justifica? Se alimentação, lazer, transporte… tudo é inacessível, então por onde as pessoas puderem e conseguirem economizar elas irão. Melhor ainda se puderem economizar comprando peças que irão satisfazer suas necessidades.

Um zilhão de questões ainda me perturbam. O consumismo desenfreado, o lixo, a estrutura de trabalho que permite que se mantenha esse ritmo. Mas eu estaria me escondendo em uma bolha se eu não considerasse o lado “positivo” disso tudo e me reservasse o direito de ter minha opinião modificada. Afinal, questões complexas merecem mais do que reflexões rasas :)

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